segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Ultraviolência



Balcão de uma bar:
- Por favor uma Coca.
- Por favor uma cerveja.
(...)
- eles não atendem mesmo.
(...)
- Sou o revolucionário, somos a geração.
- Como Caio Abreu disse: " Pra vocês, nem isso. A gente teve a ilusão, mas vocês chegaram depois que mataram a ilusão da gente. " Nascemos na época onde mataram os Ideais.
- Citando Caio, essa hora da noite, sendo uma garotinha de 18 anos, cresceu no meu ideal.
- Não tenho essa idade. 20.
(...)


(...)
- ainda não atenderam.
- POR FAVOR, uma coca - sem gelo e sem ilusões, uma ceva e uma mesa limpa lá fora.

(...)
Um convite.
- Que tal deixarmos tudo de lado e sair, só eu, você e o mundo.
- Que tal?
"Vous voulez senti le monde sans l'ivresse?"
(...)

Toque-me.
Prenda-me.
encante-me mais do que já encantou.

O que temos na mão além desse cigarro?
Dreams, dreams.

(...)
Três idiomas, conversas.
(...)
- Como Nietzsche falou: Matamos nossos pais.
- e somos mortos pelos nossos filhos.
(...)
Feather on hand
(...)
Escreva
Escreva
Delire
Delira.
(...)
Conversas.
Despenco um abismo por ti.
"Deixa mudar e confundir!"
(...)
És Pieorrot ou Arlequim?
(...)
Desci do pedestal.
(...)
"I got off from pedestal"
(...)
- não vai poder ir, pequena, entendo.
- The body sold printed in the fear of my parents,
Insano e o que não é?
(...)

2 comentários:

David (Talude) disse...

adoravel, tem algo a mais nesse texto, algo muito bom.

Iuri disse...

Isso dá uma música