Me diz o que aconteceu? Como alguém que disse amar tanto hoje nem sequer me dirige o olhar? Os sonhos que foram feitos, as juras, foram arremessados pela janela do ultimo andar, as lembranças agora estão rasgadas, como papel em mãos de crianças traquinas, as lágrimas caem mudas e o choro brota nesse solo fértil. Queria tanto zerar o antes e conseguir te olhar sem mágoa, sem rasgos no sorriso, cortes na alma, infiltrações em meu coração - ele já está despedaçado o suficiente com e sem sua ajuda. Sem dias sem sol. Me diz que o panteão não sumiu. Não quero seus beijos, vivo sem eles há mais tempo do que imaginava, sempre estavas ausente ou ocupado. Queria você Online pelo menos essa vez, só pra dizer o que teima tanto em sair de mim. Só pra vomitar esse nó que se instalou na minha garganta, só pra te expulsar do meu ser - com as lembranças todas, boas ou ruins- afinal não se expulsa um pilar de sua vida, sem como resposta ter um baque. Pela ultima vez me olhe nos olhos e assim acreditarei que o meu rei sol morreu, assim deixarei que morra em mim o desejo de amar até seus devaneios mais insanos.
Para sempre tua: Cubinho de gelo
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